domingo, 1 de fevereiro de 2015

Foco

Olá pessoal.

Mais um dia se passou e não tive notícias dele. Mas esse não foi meu foco hoje.

Fui visitar minha sobrinha linda, nossa princesinha que nasceu semana passada. Ela é a coisa mais linda, mais fofa e mais querida do mundo. Super tranquilinha. Cercada de cuidados do papai e da mamãe. Muito amada. Que criança abençoada. Foi ela o foco do meu dia hoje.

Acordei e fui trabalhar pela manhã. Foi uma manhã bem proveitosa, rendi bastante, consegui colocar algumas coisas em dia. Estava inclusive de bom humor e rindo com as minhas colegas. Mas aquele pesinho e aquela indecisão no meu coração.

Fui direto pra casa do meu irmão. Não adiantava ir pra minha casa, ele não estaria lá. Não adiantava ir pra casa dele, sei que também não estaria lá. E mesmo se estivesse, não estava disposta a encara-lo.

Passei um dia tãooo bom. Peguei a pikininha no colo, ajudei a trocar, fiz arrotar, fiz dormir, ajudei meu irmão no supermercado, foi muito bom mesmo. Consegui me desligar bastante dessa situação. Praticando desligamento emocional. Não deixo de me preocupar, não deixo de estar aflita, mas me desligo para viver outras emoções, vivenciar outras situações. Me permito rir e me emocionar, mesmo sabendo que ele está usando drogas.

Tive que avisar a mae da filha dele que ele não pegaria ela hoje, conforme foi combinado. Ela me falou mais tarde que foi até a casa da mãe dele e ela contou que ele tinha passado por lá, bem rapidamente, junto com um amigo dele, que também é dependente químico. Liguei pra mãe dele para confirmar a história e ela me disse que ele tinha passado lá, realmente, e que estava aparentemente bem, que estava limpo e arrumado, e disse que iria pra casa. Não quis dizer muita coisa para não preocupá-la ainda mais. Mas ela nunca soube distinguir se ele tinha usado ou não. Hoje já consigo saber só olhando em seus olhos. Sei quando ela está lá. É visível. Como uma presença terrível que vem pra arrasar com tudo. Dói.

Mas hoje estou feliz por ter mantido a serenidade e aproveitado o dia. Continuo sem saber onde ele está, por onde ele anda, o que está fazendo. Mas hoje vou me permitir ter uma boa noite de sono, mesmo que ele esteja pela rua, na chuva. Vou dormir com a certeza de que não tenho culpa alguma de sua recaída, e que não posso fazer absolutamente nada para controlar suas atitudes. Só orar, pra que ele caia na real.

É difícil, muito difícil. Mas vamos lá. Um dia de cada vez.

Deus está comigo!

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