Boa Noite amigos!
Hoje tive um dia maravilhoso em companhia das minhas amigas de recuperação. Nós montamos um grupo muito especial, e todo mês nos encontramos na casa de alguém e fazemos um chá, com comes e bebes super gostosos, e conversamos, e damos muitas risadas, e tiramos muitas selfies.
Mas hoje, diferente de outros encontros, tivemos a oportunidade de parar um instante e refletir numa mensagem que a anfitriã do dia dividiu conosco, e gostaria de compartilhar com vocês também, porque diz muito a respeito da codependência.
Quem já conhece essa história, vale relembrar.
A BORBOLETA E O CASULO
Certo dia, numa pequena abertura, apareceu um casulo.
Um homem sentou e observou a borboleta por várias horas,
enquanto ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.
Num certo momento, pareceu que ela havia parado
de fazer qualquer progresso.
Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia mais.
O homem decidiu ajudar a borboleta.
Ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo.
A borboleta, então, saiu facilmente.
Mas seu corpo estava murcho, era pequeno, e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observar a borboleta, porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem,
para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar com o tempo.
Isso não aconteceu!
Na verdade, a borboleta passou o resto de sua breve vida rastejando
com um corpo murcho e as asas encolhidas.
Ela nunca foi capaz de voar!
O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário imposto à borboleta, eram essenciais para seu desenvolvimento. Só assim o fluído de seu corpo iria para suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar, uma vez que estivesse livre do casulo.
Admitir que não podemos controlar a vida ou as ações de alguém que amamos, pode ser muito difícil, mas é essencial, se pretendemos solucionar nossos problemas.
Uma vez que admitimos nossa impotência, paramos de tentar impedir as atitudes do outro. Paramos de amolar, implorar, reclamar, e tentar impor nossa vontade. E aí voltamos a nossa atenção para a tarefa de governar as nossas próprias vidas, sobre as quais havíamos perdido o controle, por causa dos nossos esforços inúteis em controlar e viver a vida de outra pessoa.
Admitir que não podemos controlar a outra pessoa alivia nossa carga, e dá ao outro a possibilidade de perceber que precisa de ajuda.
"Se eu conseguir tirar meus olhos de cima dos outros, poderei enxergar em mim aquelas coisas que contribuíram para a dureza da minha vida. Posso me lembrar de que só poderei começar a me recuperar de toda raiva e frustração, quando determinar o que eu vou fazer comigo mesmo. Só posso começar a procura da serenidade quando me libertar de minha obsessão pelos outros."
Sei que isso não é fácil. Eu mesma ainda luto com isso. Não só com meu companheiro adicto, mas em vários outros aspectos da minha vida, pessoal e profissional.
Há tempos em que as dificuldades se multiplicam. Quando parece que nada mais de ruim pode acontecer, aparece mais um problema, pior que os anteriores. Parece que o mundo resolveu conspirar contra nós. Ninguém tem tempo. Todos se afastam. Não há quem esteja disposto a escutar. Nenhum remédio, nenhuma palavra, nem conforto, nem esperança podem aliviar ou curar.
Momentos de crise e dificuldades não são exclusivos de dependentes químicos ou familiares. Todos, mesmo que nunca tenham vivido dias difíceis, precisam estar preparados, porque as dificuldades poderão surgir. O inesperado pode surpreender.
Tem um texto da Bíblia que descreve o sofrimento do Rei Davi, o Salmo 31. Mas no versículo 14 eles diz: "A minha confiança está em Ti, Senhor. Tu és o meu Deus."
Ao permitir que nos sobrevenham aflições, Deus não tem o propósito de arruinar nossa vida. Ele quer, sim, nos levar pra perto do seu Filho, Jesus Cristo. E por meio de Jesus, nos reconciliar com Ele e garantir que a vitória final está garantida. Não a vitória de bens, ou dinheiro, ou solução dos nossos problemas terrenos. Jesus Cristo garante a nossa vitória contra o pecado, e nos dá a certeza da vida eterna.
Deus é conosco. Mas lembremos de buscá-lo. Ele nos conforta, e nos guia no melhor caminho e nas melhores decisões.
Graças a Sua infinita misericórdia, meu namorado continua seu tratamento. Ele está indo muito bem. Fechou a marca dos 3 meses decisivos, e continua lá, sem planos de sair. Ele está limpo e bem há 96 dias.
