Olá meus amigos.
Ando meio sumida não é?
Peço que me desculpem, mas é que ando bastante ocupada.
Trabalhando bastante, e estudando bastante, e me preocupando um pouco mais comigo.
Infelizmente não estou conseguindo frequentar o grupo de apoio que estava indo antes, porque é longe e contramão, e devo admitir que dá um pouco de preguiça. Mas as esposas lá do grupo iniciaram um grupo de Whats, e é quase uma reunião diária, onde sempre rola muitas mensagens de auto ajuda e apoio mútuo. É muito bom. São minhas amigas que aprendi a respeitar e amar por suas experiências e palavras sempre cheias de carinho.
Mas como o blog é para compartilhar minhas experiências com meu namorado adicto, vamos falar um pouquinho dele.
Ele passou alguns dias fazendo muita besteira, dormindo na rua. Ele passou fome, frio, se meteu em frias, apanhou. Nem pergunto o que ele faz nesses dias, porque na verdade não quero saber. Os relatos que ouvi da família dele já foram o bastante.
Como estou bastante ocupada com meus próprios assuntos, esse último período não me afetou tanto. Claro, dói, a gente se preocupa, custa a dormir e tal. Mas o que eu poderia fazer? Sair da minha casa ou dos meus compromissos pra ir atrás? Ficar em casa esperando ele voltar, pra evitar que ele saia de novo? Não mesmo.
Infelizmente, são coisas que ele mesmo escolheu pra ele. Ninguém mandou, ninguém levou, ninguém chamou. Ele foi atrás porque quis. E só posso entregar nas mãos de Deus e deixar que ele resolva sozinho seus problemas.
Noto uma grande diferença nas minhas reações. Quando que, há alguns meses atrás, eu poderia ficar 3 dias sem notícias, chegar na casa dele e ver que ele não está, e simplesmente ir embora? Graças a Deus e muita ajuda, hoje consigo manter a serenidade, e mudar apenas o que posso.
Não posso negar que senti muita, mas muita mesmo, vontade de desistir dele. Hoje sei que poderia seguir minha vida sem ele, e não ficaria mal. Mas ainda gosto muito dele, e não tenho como explicar, mas ainda acredito que ele pode mudar, se quiser. Ainda vejo nele esta vontade. Tomara que ele se empenhe mesmo nessa mudança, antes que perca a única pessoa que ainda é por ele, porque até a família dele já desistiu.
Mas há umas 2 semanas pra cá, as coisas tem melhorado um pouco. Começando pela mãe da filha dele. Demos uma trégua em nossas brigas, porque nunca nos suportamos. Mas acho que Deus amoleceu um pouco o coração dela, e ela permitiu que a gente passasse um Domingo com a pequena. Foi um dia muitoo bom.
Demos a sorte que foi justamente no dia que tivemos um evento na igreja, fomos no culto, teve um almoço depois. Minha família estava lá. E foi a primeira vez que meu pessoal o viu desde que saiu da Fazenda. Correu tudo bem. A pequena ficou meio arisca com a gente no início, porque fazia muito tempo mesmo que ela não nos via. Mas com paciência ela se soltou e foi um dia bem bacana.
Semana passada ele foi atrás de um serviço. Ainda não chamaram ele pra começar, mas assim que abrir a vaga, vão chamá-lo. Já está acertado.
Este fim de semana foi muito bom também. Dia 20 de setembro é feriado aqui no RS, então não trabalhei ontem e fomos num aniversário. Churrascada e cervejada, sei que não é o ambiente para ele, mas era aniversário de alguém muito especial pra mim, e ele foi comigo mesmo assim. Mas se comportou muito bem. Ofereceram bebida pra ele, e ele se manteve só no refrigerante. Conversou normalmente com as pessoas, e aos outros pode parecer tão pouco, mas só isso já é um grande passo para ele. À noite, fomos num culto gaudério num CTG, e teve jantar campeiro e um baile gauchesco depois. Minha família toda estava lá. Ficamos um pouco isolados deles, mas não fez diferença nenhuma. Nos divertimos bastante.
Meu pai permitiu que ele passasse a noite na nossa casa, o que já é outro grande passo. Fiquei muito feliz e aproveitei muito cada momento.
Não sei o que esperar dessa semana que vem por aí. Mas acho que aprendi a não ter muitas esperanças de que tudo vai mudar, e tudo vai começar a dar certo, e tudo vai entrar no eixos de novo. Ele me pede desculpas, diz que sabe que está ratiando, e que vai mudar, que não quer me perder nunca. Mas sei lá. Procuro manter os pés no chão. Sei como ele é, e sei como ele pode ser.
Estou tentando me desligar um pouco dos assuntos e dos problemas dele e me preocupar um pouco mais com os meus. Levei um susto nestes últimos dias, porque descobri que tenho um cisto no meu punho direito. Tive que fazer alguns exames e ir ao médico, e quase corri o risco de não passar no exame admissional por causa disso. Pensei que teria que operar às pressas. Mas não. É um problema que tenho que resolver, porque me incomoda, e dói, mas fui considerada apta para trabalhar. Não me impede. Que alívio.
Bom pessoal, de novidade acho que é isso.
Vou vivendo dia após dia, tentando manter minhas serenidade diante daquilo que não posso mudar. É difícil, mas o desligamento emocional ajuda muito. É como uma mãe que tem que se desligar e deixar seu filho crescer. Tem que deixar que ele ande com as próprias pernas, que ele aprenda sozinho, mesmo que tenha que sofrer para aprender. Eu sei que outra, no meu lugar, já teria desistido dele, porque não sou apenas namorada dele há muito tempo. Mas vivo aquilo que escolhi, e não posso culpá-lo por minhas próprias escolhas.
Minha família não se envolve muito. Alguns amigos me perguntam por que eu não o deixo. Não tem como explicar até que se passa pelo mesmo. Sei que existem mil razões para que eu desista, mas eu sempre encontro um motivo que me faz continuar.
Já estava sentindo falta de compartilhar aqui. Não compartilho meus pensamentos achando que vou mudar a cabeça de pessoas que pensam diferentemente, e sim para mostrar às pessoas que já pensam como eu que elas não estão sozinhas.
A maior lição que aprendi foi que, cuidando de mim mesma, não sobra muito tempo para me preocupar tanto com ele.
Quem ama cuida. Eu cuido, e zelo, e oro por ele, mas não tomo mais as rédeas da vida dele, estou ocupada segurando as minhas.
Serenidade para aceitar.
Coragem para mudar.
Fiquem bem.
Fiquem com Deus.
Continue caminhando e a cada dia mais cuidando de si...não esperar que seja diferente não é deixar de ter esperanças é deixar de ter expectativas....e isso é ótimo...esperança é acreditar que é possivel, sem saber quando ou como e sem condicionar a sua vida baseada na dele...quanto aos outros...normalmente quem gosta de nós quer apenas nosso bem e sabem o quanto é complicada tal situação...agradeça tens amigos que se preocupam contigo...no mais siga seu coração e equilibre com a razão...só por hoje e um dia de cada vez....bjus
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